terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Vindos diretamente dos lugares mais longínquos da Terra, das profundezas do mar, e de onde você pode pensar que possam ter saido estes "estranhos bichos".


Vamos ao nosso primeiro e adorável amiguinho, imagina tê-lo em sua casa:



Ai-Ai (Aye-Aye):é um primata nativo, ameaçado de extinção, de Madagascar.

Este vai lhe trazer "ótimos fluidos" na hora do almoço:



Peixe Bolha (Blobfish): É um peixe que habita as águas profundas nas costas da Austrália e Tasmânia.

Nosso próximo amiguinho e comestível, vai para a panela e direto para o almoço:



Peixes-bruxa ou enguias-de-casulo (Hagfish):Este animal é o prato preferido dos Coreanos.

Este lhe faz lembrar alguém? Cuidado!



Macaco narigudo (Proboscis Monkey): Este singular macaco habita os mangues e seu nome popular deriva do fato dos machos possuírem um nariz longo e flexível. Só existe na ilha de Bornéu

Este até que e fofinho, bem bonitinho.



Coelho Angorá (Angora Rabbit): O coelho Angorá é uma variedade de coelho doméstico criada pelo seu pêlo longo e macio.

Se conscientize da importância dos animais para a natureza, são feinhos, mais mesmo assim estão alguns ameaçados de extinção, o ser humano mesmo sabendo pouco sobre eles os ameaçam, este artigo, visa um divertimento consciente. Animais devem ser respeitados por todos!.

ma questão bem lógica!!

Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem decidiu
dar-lhes apenas duas virtudes. Assim:
- Aos Suíços os fez estudiosos e respeitadores da lei.
- Aos Ingleses, organizados e pontuais..
- Aos argentinos, chatos e arrogantes.
- Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados.
- Aos Italianos, alegres e românticos.
- Aos Franceses, cultos e finos.
- Aos Brasileiros, inteligentes, honestos e petistas.
O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade e de medo, indagou:
 - Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porém,
 aos brasileiros foram dadas três! Isto não os fará soberbos em relação
 aos demais povos da terra?
- Muito bem observado, bom anjo! exclamou o Senhor.
- Isto é verdade!
- Façamos então uma correção! De agora em diante, os brasileiros, povo
 do meu coração, manterão estas três virtudes, mas nenhum deles poderá
 utilizar mais de duas simultaneamente, como os demais povos!
- Assim, o que for petista e honesto, não pode ser inteligente.
- O que for petista e inteligente , não pode ser honesto.
- E o que for inteligente e honesto, não pode ser petista.!!!!!!
 Palavras do Senhor !!!.
 Nota de esclarecimento
 Fico triste quando usam a Internet para espalhar informações que não
 procedem! Enviaram-me hoje um e-mail dizendo que o sangue do nosso
 presidente é do tipo A-peritivo, e o dos que votaram nele dele é do
 tipo O-tário.
 É muita sacanagem e falta de ética passar esse tipo de coisa.... Temos
 que divulgar informações corretas! O sangue do presidente é do tipo
 B-bum e o dos eleitores AB-estalhados.
 Não esqueça:
 A mentira tem perna curta, língua presa, barba branca e um dedo a menos...

Há quase duas semanas com folhas amarelas...

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Depois de grandes inspecções por cima... nada a assinalar, só novas folhas amarelas todos os dias.

Até que...


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Um bicho horrivel cheio de pés e muitos pontinhos negros colados em todo o fundo do vaso.

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As raizes que estão agarradas ao Ulmus... todas castanhas.

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E espalhado por todo o solo, raizes brancas cortadas.


Este Ulmus tinha sido transplantado em março deste ano e estava já cheio de raizes novas e branquinhas...

Voltei a fazer novo trasnpalnte sem corte de raizes...

Lavei o vaso, troquei a terra, lavei as raizes e pus vitaminas.

Acham que se safa? Deveria ter procedido de outra forma?

Todos nós gostamos de um bom filme com monstros, sobretudo quando nos causam arrepios pela espinha acima quando mal os vemos – sempre escondidos com os olhos a reluzir na escuridão – até se alcançar o clímax e nos fazerem saltar de cadeira. E depois, também há as criaturas fofas… Ah, o que não há para adorar em coisas novas que nunca vimos antes!

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Alien: Os extraterrestres criados para o filme de 1979 de Ridley Scott – e conceptualizados pela mente única e talentosa de H.R. Giger – tornaram-se em criaturas de culto na categoria de cinema de terror. O filme com os esguias e viscosas bestas, tão desconcertantes com aquela boca na boca e sangue verde ácido, foi um tal sucesso que gerou até agora cinco sequelas (contando os “Alien Vs Predator”). Fora o aspecto inicial da criatura, que começa como uma espécie de aranha… tão assutador!!.

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Predator: Ora aqui está um dos extraterrestres mais interessantes da história do cinema. Tal como “Alien”, quando o filme saiu, sinceramente não o vi inteiro, era pequena e assustou-me a valer. Sim, porque como não bastassem já criaturas como os aliens, se nos aparece um Predador à frente, que para além de ter estilo (com as suas “rastas” e máscara), parece quase ser mais humano que animal e é um caçador ímpar… Juntem a isso o seu sorriso tão… agradável… Assustador!

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Gremlins: Acho que ainda hoje, 25 anos mais tarde, metade da população sonha em ter um Gizmo só seu… Mesmo sabendo das consequências de um descuido. Existem dois filmes dos “Gremlins” e são ambos clássicos. Uma prova autêntica de que não é preciso ser gigante para ser mau. Mas desde a fofura do Gizmo, até à vil loucura dos seus “rebentos” – as cenas da cozinha, do cinema e do bar… e a Greta! Hilariante!

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Gollum: Até se podia fazer um top só com os “bichos” dos filmes do Peter Jackson., mas a criatura que sem dúvida deixou mais pessoas de boca aberta de tão bem feita que estava na altura – e 100% CGI – foi Gollum, o Hobbit que abraçou “o lado negro da força”. O físico de pele e osso de Gollum pode lhe dar um aspecto fraco, mas o lado maquiavélico resultado da sua esquizofrenia é tão mesquinho e cruel que faz dele um ser memorável que num minuto parece um cachorro abandonado e no outro golpeia-te

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King Kong: O rei dos gorilas foi visto pela primeira vez em 1933, e desde então a sua dramática história da bela e do monstro já passou por várias incarnações, nomeadamente a mais recente – com um impressionante realismo bem feito pela WETA –, do grande Peter Jackson. E certamente passará por mais, apesar do tudo, a luta do gorila gigante contra o T-Rex, e imagem dele no topo do Empire State Building com a sua donzela indefesa, loura e de branco vestido, qual personificação da pureza: Ann Darow;

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Gojira/Godzilla: Desde 1954 que o monstruoso lagarto mutante que cospe fogo começou a aterrorizar Tokyo, até visitar os Estados Unidos em 1998… É certo que em 1954, os efeitos especiais não eram os de hoje em dia e o Gojira de então tinha pinta de boneco para as crianças, mas isso não o impediu de se tornar num ícone da cultura mundial que até estrela no passeio da fama tem! A lista de filme e séries geradas com a personagem é simplesmente tão impressionante como a própria criatura…

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O Tubarão: Se este artigo tivesse banda sonora, bastava trotear o famoso: «dun-dun, dun-dun, dun-dun!» para introduzir esta criatura saída de uma das obras-primas de Stephen Spielberg em 1975: “Jaws”. O grande tubarão branco – agora um clássico – de facto não ajudou em nada as pessoas a perderem o medo dos tubarões, bem pelo contrário. Também, com um tubarão do tamanho de um barco… não admira que tenha causado e ainda provoque tantos arrepios.

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O Monstro do Lock Ness: Há décadas e décadas que o mito do monstro escocês gera filme e séries, desde “The Loch Ness Horror” de 1980 à mais recente versão saída em 2007: “The Water World” na qual encontramos um Nessie muito fofo sem dúvida que cresce e se transforma numa criatura aquática gigante, que como qualquer criatura selvagem, não convém irritar de todo. Porque por mais fofo que o bicho seja, quando encostado à parede, morde, e de que maneira.

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Kraken: Criaturas marinhas costumam ter um certo uma certa mística que as torna mais ameaçadoras, são furtivas, e é difícil escapar-lhes em pleno mar. O Kraken que apareceu em filmes como “20.000 Lieux Sous La Mer”, “The Clash of The Titans”, “Kraken: Tentacles of The Deep” e sobretudo em na saga dos “Piratas das Caraíbas”, é justamente um polvo monumental do qual é quase impossível escapar com vida pois a criatura destrói barcos como nós esmagamos uma lata.

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E.T.: Mais uma pérola de Stephen Spielberg, este é clássico de todo os extraterrestres: «ET phone home!» Um adorável filme que certamente fez chorar quase toda a minha geração que nem a personagem de Drew Barrimore no filme. Um extraterrestre memorável com o seu pequeno tamanho, longo dedo iluminado e o famoso “salto” de bicicleta em silhueta em frente à lua, uma cena que já foi homenageada e caricaturada bastantes vezes.

Brasil


Quanto mais eu leio e conheço sobre a história do Brasil mais eu penso, melhor tenho a certeza de que o Brasil começou errado, então como podemos ter liberdade, participação e justiça social se nunca a tivemos, se nunca soubemos o que isso realmente significa, não quero ser pessimista porém, a única solução que vejo para um Brasil mais justo é termos uma educação melhor, educação de verdade não de fachada, eu tive a oportunidade de ter uma educação melhor do que de outras pessoas e é essa educação que me faz enxergar o problema do nosso país. Como uma boa educação somos capaz de enxergar alguns problemas que surgem por pura falta de informação, a nossa história conta isso a todo o tempo, quando pensávamos que quem mandava era os ricos burgueses e brancos já que eles eram mais cultos do que os nossos índios, negros, mulheres e pobres, por pura ignorância, por isso que no tempo da colonização nem todos tinham o direito de aprender a ler e escrever para não ter um conhecimento maior ou igual, que não soubesse dos seus direitos. Nossa terra sempre foi explorada, pois o que interessava aos nossos irmãos portugueses era somente o que ela tinha a oferecer, as riquezas, porém não acharam tanto ouro o quanto queriam e logo foram escravizando os nossos índios, e logo depois trouxeram os negros que era uma mão-de-obra barata e aceitavam melhor a sua “condição”, e foram os negros que ajudaram a nossa economia crescer.
Com tudo isso ainda existe gente ignorante, que não aceita a sua cor, raça ou condição social, nós brasileiros não somos "puros" como outros povos, somos um país de mistura, branco com negro, índio, mistura de culturas, já que invadiram o nosso território vamos ao menos cuidar dele e ter orgulho de nossas origem onde que o que realmente importava era o que tirávamos da terra, tínhamos o necessário para sobreviver e viver em paz e feliz com tudo que Deus nos prometeu, onde a inocência existia e não tínhamos medo de nada, até conhecer um bicho horrível: O homem BRANCO. Isso os nossos índios tem razão somos BICHOS horríveis.
Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick O Mundo Secreto
Para uma Compreensão do Mundo das Sociedades Secretas
.
por Rémi Boyer
“A conjuração dos imbecis, dos charlatões, e dos Sábios foi perfeitamente bem
sucedida. Esta conjuração teria como objetivo esconder a verdade. Uns e outros
serviram a esta grande causa, cada um segundo seus meios; os imbecis por meio da ignorância, os charlatões por meio da mentira, os Sábios por meio do segredo” A Sociedade Secreta constitui um fenômeno universal. Presente desde a
Antigüidade, manifestando-se em todos os domínios da vida, quer seja a esfera
política, a esfera econômica, a esfera militar, científica, religiosa,
artística, notadamente literária, ou nesta que nos concerne a esfera da Tradição
e do Ocultismo. No domínio político, por exemplo, muitos dos movimentos
políticos internacionais são nascidos nas ante-salas onde alguns obscuros
desconhecidos se reúnem para mudar o Mundo. No domínio artístico, certos
Círculos surrealistas funcionaram como Sociedades Secretas.
A Sociedade Secreta empresta formas múltiplas, mais ou menos adaptadas aos
tempos e aos espaços em que estão inseridas. Das crianças aos velhos, todos os
elementos de nossa sociedade fizeram, ou ainda farão uso de uma Sociedade
Secreta.
A Sociedade Secreta constitui o vetor habitual de manifestação do mundo do
Ocultismo, da Tradição, da Iniciação. Este mundo se interpenetra com todos os
registros de expressões da natureza humana. O sublime costeia o medíocre, o
vulgar costeia a beleza, o horror, a verdade, a mentira, o conhecimento, em um
paradoxo vivo que permite a emergência do Ser.
O Divino eleva-se mesmo no meio do vício. A fascinação do humano pelo secreto,
sua tendência natural à auto-alucinação e ao maravilhoso recobriram a noção de
Sociedade Secreta (SS) de um verniz de superstição e de crenças que tornam sua
compreensão difícil. Nossa época moderna, pela multiplicidade de SS de pretensão
Iniciática, cujo exame demonstra não serem, nem secretas, nem Iniciáticas, gerou
uma confusão sem precedentes sobre o cenário já obscuro do Ocultismo e atraiu a
atenção, entre outros de pesquisadores tradicionais ou universitários, do grande
público e dos jornalistas, como dos serviços governamentais da maior parte dos
Estados.
Tentaremos aqui fornecer alguns elementos de discriminação às numerosas pessoas
que se interessam pelo Ocultismo, Tradições, ou mais freqüentemente pelas SS, a
fim de colocarem-se em condição de passar da confusão ao discernimento. A
confusão permanecerá malgrado tudo, no geral e no particular, neste domínio,
porque sem dúvida é ela indispensável para dissimular algumas SS de
características verdadeiramente Iniciática e desqualificar a massa dos curiosos
ou dos desequilibrados que são atraídos por este tema. Citemos Lança del Vasto
que descreveu perfeitamente a situação no prefácio do livro de Louis Cattiaux:
Le Message Retrouvé (A Mensagem Reencontrada):
“A conjuração dos imbecis, dos charlatões, e dos Sábios foi perfeitamente bem
sucedida. Esta conjuração teria como objetivo esconder a verdade. Uns e outros
serviram a esta grande causa, cada um segundo seus meios; os imbecis por meio da
ignorância, os charlatões por meio da mentira, os Sábios por meio do segredo”.
Nossa intenção é de fornecer àquele que procura, não a felicidade, mas a
libertação, o despertar, alguns índices suficientes para detectar as pistas
autênticas como as vias sem procedência, e tirar proveito dos erros que não
deixará de cometer, como todos os questionadores autênticos fizeram antes dele.
 
Ensaio de definição da Sociedade Secreta
Não será possível fornecer uma definição precisa e satisfatória de Sociedade
Secreta. Diremos simplesmente que a Sociedade Secreta, no domínio Tradicional,
se caracteriza, não pelo segredo, não pelo caráter fechado ou clandestino, mas
pelo Rito. Entendemos por Rito, a existência de um Corpo doutrinal e de uma
praxe Iniciática. Esta não implica necessariamente de práticas rituais como
temos, por exemplo, nas sociedades Maçônicas, Cavalheirescas, Rosacrucianas.
Conhecidas, sobretudo pela presença de uma técnica do Despertar, de Libertação,
precisa e verificável, veiculada no geral por um Corpus doutrinal exprimido em
um modelo de mundo particular no centro de origem da Sociedade (Hermetismo,
Martinismo, Budismo, Shivaísmo).
Semelhante definição restritiva, mas consoante com a Tradição, eliminaria a
quase totalidade das autodenominadas Sociedades Secretas desconhecidas, por
sinal, muito conhecidas.
Examinaremos, portanto, o conjunto destas que são geralmente recobertas pela
expressão Sociedades Secretas, a saber, toda organização que se apresenta como
Espiritual, Esotérica, Ocultista, Tradicional, Iniciática, ou toda outra
qualificação análoga.
 
Iniciação e Sociedades Secretas
Todas as Sociedades Secretas tradicionais se pretendem Iniciáticas. Bem poucas
as são, a maior parte entre elas assumem outras funções que não a Iniciática,
funções que apresentaremos posteriormente. A noção geral de Iniciação envolve de
fato vários níveis de lógicas, onde algumas não tratam de Iniciação em seu
sentido esotérico. Neste último sentido, a Iniciação é uma questão técnica.
Trata-se da conquista de estados de seres não-humanos, ou mais que humanos,
ativando de fato e em realidades estes centros, chamados Estrelas em certas
Escolas, Rodas em outras, e mais freqüentemente de Chakras, antes de proceder a
uma série de separações (do Corpo Saturnino do Corpo Lunar, depois do Corpo
Mercurial, até o Corpo Solar segundo o Hermetismo) para a constituição final do
Corpo de Glória (ou Corpo Crístico ou Corpo Arco do Céu, etc.), atividade
colocada em obra e desenvolvida por técnicas precisas, freqüentemente perigosas,
de Chamada de Si, de Alta Magia, de Alquimia interna, técnicas de acesso ao Ser
ou Absoluto.
Aqui, a definição, ainda conforme a Tradição é restritiva. Rejeitaremos a
conhecida crença segundo a qual a “vida é Iniciação”. Isto é sem dúvida verdade,
mas necessitaria tratar-se de uma vida totalmente consciente e unificada.
Sobretudo, este é um dos argumentos colocados antes por aqueles, muito
numerosos, que inventam todo logro nos autodenominados sistemas Iniciáticos com
Cadeias sucessórias remontando à Antigüidade. Em um sentido mais largo e,
entretanto, mais aceitável, Iniciação é a Ciência da mudança.
A verdadeira mudança, isto é, a passagem de um nível lógico a um nível
imediatamente superior comporta uma mutação, um salto, uma descontinuidade ou
transformação, do mais alto interesse teórico, e da mais alta importância
prática, porque permite deixar um mundo reconhecido como sombra, para entrar em
um outro, mais “real”, mesmo que ele não seja a “Realidade”.
Os níveis lógicos devem ser reconhecidos e rigorosamente separados se desejamos
evitar a confusão e usar do paradoxo para mais tempo de compreensão. Heráclito
já havia ressaltado a estranha interdependência dos contrários que chamava de
enantiodromia.
Quanto mais uma posição é extrema, mas é provável uma enantiodromia, uma
conversão em seu contrário. A história das Sociedades Secretas é rica em
comportamentos enantiodrômicos. De fato, na ausência da técnica real de
iniciação, o indivíduo fica na impossibilidade de se elevar ao nível lógico (ou
alógico) superior, passa a oposição de sua posição inicial. Ocorre que passar de
um sistema ao seu oposto não é uma mudança.
Isto ilustra, teoricamente, o mito ocidental segundo a qual, o iniciado deve se
colocar para além das duas colunas opostas, situadas na entrada do santuário.
Resulta disto que o iniciado que deve passar de um mundo “A” a um mundo “B”,
imediatamente superior, somente saberia encontrar aquilo que produz a passagem
no mundo “A” ele mesmo, daí a necessidade de uma ingerência do sistema “B” no
sistema “A”. Motivo, igualmente, da importância do discernimento, na verdade da
sagacidade, no candidato à Iniciação.
Esta noção de ingerência se exprime perfeitamente nas estruturas piramidais das
SS, e na articulação natural que existe entre os três grandes tipos funcionais
de SS.
 
Tipologia funcional das SS
As SS assumem três funções particulares nitidamente distintas, mas
complementares: exotérica (ou exo-esotérica segundo alguns autores), mesotérica
e esotérica.
 
Sociedades do tipo 1: função exo-esotérica
Esta função é primeiramente de natureza terapêutica. Consiste em restabelecer no
indivíduo o alinhamento, a congruência, entre o corpo, a emoção e o pensamento.
Trata-se de reconciliar o indivíduo com ele mesmo e seu meio ambiente. Esta
função implica igualmente um componente cultural não negligenciável, o indivíduo
é convidado a estudar, a meditar, e se possível a integrar, um modelo de mundo,
qualificado de espiritual, que permita encontrar uma resposta satisfatória para
o mental, tranqüilizadora para o coração, dos grandes problemas que a vida não
cessa de lhe impor. Esta função, importante para o indivíduo beneficiado, é
igualmente reguladora do plano social. Ao ajudar o indivíduo a encontrar um
equilíbrio no mundo como ele é, as SS deste tipo favorecem a estabilização e a
lenta evolução dos sistemas políticos, econômicos e sociais dominantes. A
totalidade das SS exteriores, mas pode-se falar ainda de SS, assumem esta função
exo-esotérica.
 
Sociedades do tipo 2: função mesotérica
Estas Sociedades, menos numerosas e mais restritivas, já constituem verdadeiras
Escolas tradicionais. Elas se esforçam de fato em fornecer aos seus alunos as
qualificações de base indispensáveis para pretender abordar uma via Real. Estas
qualificações podem variar segundo as Correntes tradicionais, assim sobre a
Corrente Rosacruciana, o conhecimento e a mestria do Trium Hermeticum será
exigido, a saber, a Alquimia, a Astrologia e a Magia, segundo o eixo da Cabala
(das organizações espiritualistas, como a A.M.O.R.C., não abordam a questão
fundamental da Alquimia Operativa, nem nenhuma das outras Ciências de Hermes, e não pode de modo algum se pretender Rosacrucianas).
Duas correntes vão caracterizar esta função e se encontram invariáveis em todas
as organizações deste tipo.
A experimentação do Universo como “resposta” por uma vontade comandante. Obter resposta do Universo é de efeito, se esta não é a definição, do Mago, deste que tendo vontade, faz responder o Universo (1).
A busca do estado objetivo. A fim de ilustrar o que entendemos por estado
objetivo ou despertar, citaremos aqui um extrato da notável obra de Ouspensky,
Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido (Pensamento, S. P., 1985, págs.
166-167).
“O terceiro estado de consciência é a lembrança de si mesmo ou consciência de si
mesmo, consciência de seu próprio ser”. Admite-se habitualmente que possuímos
esse estado de consciência ou que podemos tê-lo à vontade. Nossa ciência e nossa
filosofia não viram que não possuímos esse estado de consciência e que o nosso
simples desejo é incapaz de criá-lo em nós mesmos, por mais clara que seja nossa
decisão.
O quarto estado de consciência é a consciência objetiva, nesse estado, o homem
pode ver as coisas como são. Às vezes, em seus estados inferiores de
consciência, pode ter vislumbre dessa consciência superior. As religiões de
todos os povos contêm testemunhos da possibilidade de tal estado de consciência,
que qualificam de “iluminação” ou de diversos outros nomes e que dizem ser
indescritível. Mas o único caminho correto em direção a consciência objetiva
passa pelo desenvolvimento da consciência de si.
Um homem comum, artificialmente levado a um estado de consciência objetiva e
trazido depois ao seu estado habitual, não se lembrará de nada e pensara,
simplesmente, que perdeu os sentidos durante certo tempo. No estado de
consciência de si, porém, o homem pode ter vislumbres de consciência objetiva e
deles guardar a lembrança.
O quarto estado de consciência representa um estado completamente diferente do
anterior; é o resultado de um crescimento interior e de um longo e difícil
trabalho sobre si. No entanto, o terceiro estado de consciência constitui o
direito natural do homem tal como é, e, se o homem não o possui, é unicamente
porque suas condições de vida são anormais. Sem exagero, pode-se dizer que, na
época atual, o terceiro estado de consciência só aparece no homem por muitos
breves e muitos raros lampejos e que é impossível torná-lo mais ou menos
permanente, sem um treinamento especial.
Para a grande maioria das pessoas, mesmo cultas e intelectuais, o principal
obstáculo, no caminho da aquisição da consciência de si, é acreditar que a
possuem.
Esta referência a um estado de ser central, a um eixo do mundo, a um Reino do
Centro é comum a todas as tradições, sua importância é considerável.
Assim o Mestre Maçom é recebido na Câmara do Meio, referência a um Reino do
Centro, acessível a aquele que pode cessar de pensar o universo pelo jogo das
múltiplas representações, para perceber o Universo, deixar o mundo dissolvendo
do ter e do fazer para o do ser.
O processo da Chamada de Si provoca uma destruição das identificações e das
cristalizações mentais, conseqüentemente as crenças que subtendem a
personalidade profana, a Persona, a máscara, vão ser destruídas ao curso desta
busca do ser.
Poucos estão prontos para perder a imagem que fazem deles mesmos e do mundo,
produtos de seus condicionamentos múltiplos, fonte de seus sofrimentos, mas
também de alguns efêmeros prazeres.
Veremos, portanto, que poucas organizações assumem esta função e convidam seus
membros a deslancharem este processo.
 
Sociedades do tipo 3: função esotérica
Provavelmente, o qualificativo de Iniciático somente se aplique a este terceiro
tipo de SS. Estas sociedades, normalmente Colegiadas, são concebidas como
verdadeiros laboratórios de pesquisas. Conduzindo seus adeptos às fases
terminais das Vias Reais, Vias do Despertar, Via do Corpo de Glória, Via da
Pedra ao Vermelho, Via Essencial, Via Estrema, são numerosas as nomeações para
designar esta fase onde o indivíduo liberto de tudo isto que é humano, liberto
mesmo da libertação, acede realmente à imortalidade consciente e se torna um
Deus, em relação ao seu antigo estado humano.
Tendo este estado, é quase deslocado falar de organizações, ou de Sociedades,
criações humanas, os termos de Regra, de Ordem no sentido sacerdotal do termo
(2) serão mais adequados.
A relação entre o instrutor e o aluno, ou o discípulo (aquele que aplica a
Disciplina), constitui a base destas Sociedades muito fechadas, cujos nomes são
raramente pronunciados, e permanecem desconhecidos, mesmo dos historiadores do
Esoterismo. Em certos casos, menos raros que podemos pensar, as Regras, Veículos
das Vias Secretas, são preservadas nas tradições familiares, freqüentemente
famílias aristocratas ou religiosas, mas não necessariamente e cada vez menos. A
família concebida como Escola iniciática é de fato um conceito muito
tradicional.
Assim o mestre indiano Krishnamacharya, depositário de uma filiação Pitagórica
indiana, desenvolveu todo um ensinamento visando fazer da família uma Escola
esotérica. Na Itália, famílias aristocráticas de Veneza ou de Florença seriam
depositárias de um Segredo iniciático. Villiers de l’Isle Adam fala
explicitamente deste assunto em seu romance Clef Isis (Chave de Ísis).
Hoje mesmo, é somente nos círculos restritos das famílias, às vezes alargados a
alguns amigos próximos, que, por razões técnicas, certas operações secretas
podem ser praticadas (Via d’Erim, Via de Afrodite Vermelha, Via Shivaísta do
Deus Azul, Tradição Rosa+Cruz Lascari, por exemplo) exatamente como no passado
ou Antigüidade era o caso das famílias de Kham ou das famílias faraônicas.
 
Tipologia estrutural das Sociedades Secretas
Os três tipos de SS correspondem normalmente a três tipos de estruturas.
Estruturas externas, facilmente acessíveis, fazendo freqüentemente propaganda
nas ruas, tornam-se às vezes uma Potência financeira admirável.
Estruturas semi-internas, chamadas às vezes também de Sociedades de quadros,
muito discretas, mas não menos presentes, conhecidas de especialistas.
Estruturas internas, inacessíveis, muito flexíveis, por serem Organismos vivos
antes de organizações.
As relações entre estas estruturas são ricas, com modelos variados e às vezes
contraditórios, e foram brilhantemente expostas em um estudo publicado na obra
de Michel Monereau, Magie et Sociétés Secrètes, estudo o qual reportamos o
leitor.
 
As oscilações do cenário Maçônico e Ocultista
Existe, e constatamos, uma articulação natural entre as funções exotérica (ou
exo-esotérica), mesotérica e esotérica. Esta articulação não se manifesta
nulamente sobre o cenário Tradicional, Maçônico e Ocultista, nas relações entre
as SS de tipo 1, 2 ou 3.
Uma das tentações das Sociedades exotéricas, que naturalmente recrutam
largamente, em uma lógica quantitativa, reside na sua pretensão para assumir a
função Iniciática. Ora, há uma contradição aguda entre o Iniciático e o
hedonismo pessoal pregado por estas Sociedades, e entre o número de seus
aderentes e as exigências do procedimento Iniciático.
A conquista da felicidade situa-se nas antípodas da Questão Iniciática. Seria
perigoso para o pesquisador acreditar que as SS deste tipo oferecem as Vias de
Libertação. Úteis, como vimos, por sua característica terapêutica,
transformam-se na via do adormecimento a partir do momento que pretendem uma
função para qual não estão habilitadas a desempenharem.
Mais ainda, ao tomar emprestados abusivamente os nomes das Ordens Iniciáticas
semi-internas e internas, obrigaram estas últimas a ocultarem-se cada vez mais,
escapando às vezes por pouco do desaparecimento. Esta é a razão, de todos estes
desvios, que cada um pode seguramente reconhecer, das constantes denúncias
feitas por personagens tão diversas quanto Émile Dantinne, Jean Mallinger (que
combateu a A.M.O.R.C.), Giuliano Kremmerz, Louis Cattiaux e outros autores
Hermetistas de valor.
A articulação natural entre as funções requer que as Sociedades do tipo 1,
exotéricas e externas, venham a confiar seus elementos mais promissores às
Sociedades do tipo 2. Aqueles que atravessarem as dificuldades inerentes à uma
autêntica preparação poderão então abordar as Vias Reais sob a condução de
instrutores qualificados em uma Sociedade do tipo 3.
Este esquema ideal parece raramente ter funcionado, malgrado os esforços
reiterados das Ordens Iniciáticas, de características verdadeiramente esotérica,
para suscitar a emergência de organizações sérias, assumindo conscientemente o
trabalho pré-Iniciático.
A articulação entre as funções somente aplica-se mais ordinariamente hoje aos
incondicionais que, remexendo estruturas e idéias recebidas, adotam a atitude
heróica (3), e forçam a natureza a lhes abrir as Chaves da Via, pois nenhum
humano, nenhuma Sociedade, parece poder ajudá-los. Mas poderia ser de outra
forma no Kali-Yuga?
 
O caso da Franco-Maçonaria
A Franco-Maçonaria oferece múltiplos casos de figuras, diferentes umas das
outras. Em primeiro lugar, as Obediências Maçônicas constituem freqüentemente as
organizações externas mais estáveis e as mais úteis. Ignorando constantemente a
existência e a função das Ordens mais internas e de características mais
Hermetistas, não sendo mais que suas antecâmaras.
No seio da Franco-Maçonaria, os Ritos Egípcios possuem um lugar à parte. Durante
longo tempo, os Ritos Egípcios funcionaram exclusivamente como sistema de altos
graus. Hoje, a Ordem de Memphis-Mizraïm, tornou-se uma grande Obediência
Maçônica, como o Grande Santuário Adriático do Rito de Mizraïm e Memphis, que
continua bem confidencial, embora abrindo Lojas Azuis.
As Ordens semi-internas, como a Ordem Martinista, a O::H::T::M:: (Ordem
Hermetista Tetramagista e Mágica ou Ordem Pitagórica), e algumas outras, foram
consideradas, às vezes concebidas, como devendo aperfeiçoar a Franco-Maçonaria,
ou ao menos absorver os melhores elementos a fim de dirigi-los para às
estruturas mais internas, suscetíveis de qualificá-los para às Altas Ciências.
Em todo caso, A Franco-Maçonaria constitui ainda uma Escola preparatória para as
Correntes mais Herméticas, tanto na Europa continental quanto nos países
anglo-saxões (a S.R.I.A., Sociedade Rosacruciana in Anglia recruta, por exemplo,
na Maçonaria) ou na América do Sul (caso das organizações da ex-F.U.D.O.F.S.I.,
sempre presente no continente sul-americano).
Entretanto, se o desprezo pela Franco-Maçonaria demonstrado por personagens como Jean Mallinger é ainda partilhado por alguns, a maioria dos membros dos Colégios semi-internos e internos conservaram um profundo respeito pela Maçonaria, inclusive pelos graus Azuis (4).
Muitos acreditam que ao manifestarem todo o valor simbólico e operativo de cada
grau, a Franco-Maçonaria constitui-se somente em “uma simples escola primária de
iniciação”. Alhures, muito discreto e pouco conhecido, as Lojas, Capítulos e
outros Aéropagos reunindo estudiosos sinceros e especialistas do Hermetismo são
menos raros que a crença geral, e isto na maior parte dos Ritos, na maior parte
das Obediências, e freqüentemente, onde menos os esperamos.
O Rito Escocês Retificado é igualmente um Rito particular, funcionando às vezes
como uma Ordem semi-interna conduzindo à uma operatividade secreta (a da Ordem dos Elus-Cohen). Assim já vimos certas Lojas do R.E.R. recrutarem nas Ordens Martinistas.
Na quase totalidade das Ordens semi-interna, o Mestrado Maçônico é exigido, o
que demonstra a importância desta para a compreensão dos diversos Corpus que
propõem estas organizações.
 
Algumas experiências bem sucedidas
Existem ainda alguns exemplos de colaborações com êxito entre as organizações
externas, semi-internas e internas. O caso mais conhecido é do sistema colocado
em prática por Robert Ambelain, e largamente desenvolvido por Gérard Kloppel,
seu sucessor.
A Ordem de Memphis-Mizraïm tornou-se hoje uma organização Maçônica importante, membro do C.L.I.P.S.A.S., onde certos membros podem ser convidados a participarda Ordem Martinista Iniciática.
Encontramos também no sistema de Ambelain, uma Ordem dos Elus-Cohen, e uma
estrutura terminal reunindo várias filiações, incluindo a da Rosa+Cruz do
Oriente. O conjunto continua funcionando bem graças a uma forte centralização, e
esta, malgrado os problemas inerentes à estrutura Maçônica, é muito importante
para manter-se como um componente estritamente Tradicional, outras “entradas”
são constatadas.
Assinalamos que a Tradição Ambelain é manifestada igualmente por outros Colégios internos que reúnem um conjunto de afiliações, Reais ou de Desejos, mas
desenvolvidas segundo uma concepção diferente e muita reservada, às vezes como
complemento a outras filiações Hermetistas.
A Sociedade Rosacruciana in Anglia constitui a SS da Grande Loja Unida da
Inglaterra. Na França, é naturalmente na G.N.L.F. que esta Sociedade
rosacruciana recruta. Parece, entretanto, que existem algumas exceções, os
membros da S.R.I.A. se desinteressam atualmente do Hermetismo.
Um dos casos mais interessantes reside na tentativa feita no início do século
passado por certos adeptos da Ordem de Osíris. A Ordem de Osíris recrutaria
habitualmente entre os membros dos Arcana Arcanorum Maçônicos, isto é, nos
quatros últimos graus do Rito Maçônico Oriental de Mizraïm ou do Egito, escala
de Nápoles.
Como este sistema não era sempre satisfatório, Giuliano Kremmerz (1868-1930)
criou a Fraternidade Templária e Mágica de Myriam. A F+T+M+M foi uma formidável
organização preparatória às operatividades Osírianas, mesmo que certas
personalidades eminentes desta Corrente como o Príncipe Caetani, e o próprio
Kremmerz no fim de suas vidas, tenham considerado a criação da F+T+M+M como um erro. A F+T+M+M bem como a Ordem de Osíris, ainda possui, atualmente,
sobreviventes.
 
Os Arcana Arcanorum
Os Arcana Arcanorum, dos quais fizeram correr muita tinta, péssimas a propósito,
nestes últimos anos, criando assim um mito bastante inútil, constituem os graus
terminais de várias Ordens semi-internas, ou ainda as práticas “terminais” de
vários sistemas Tradicionais. É necessário distinguir o sistema dos irmãos
Bédarride, baseado na Cabala e na Regra de Nápoles que constituem o verdadeiro
sistema dos A::A::.
Os A::A:: estão presentes na O::H::T::M::, e nas Ordens ou Colégios Hermetistas.
Os A::A:: são definidos por Jean Pierre Giudicelli de Cressac Bachelerie, em seu
livro De la Rose Rouge à la Croix d’Or, Ed. Axis Mundi (Paris-1988), na pág. 67:
“Este ensinamento concerne em uma Teurgia, i. e., a entrada em relação com os
éons-guias que devem tomar a direção para fazer compreender um processo, mas
também uma Via Alquímica muito fechada que é um Nei Tan, isto é, uma Via
interna”.
Os A::A:: Maçônicos parecem ser em realidade, mais que os graus terminais da
Maçonaria Egípcia, a introdução a um outro sistema. De fato, não encontramos
atualmente nenhum responsável por organizações tradicionais Maçônicas e outras
detendo a totalidade do Sistema, a maioria ignora mesmo o conteúdo real dos
A::A::.
Os A::A:: constituem de fato uma qualificação para outras Ordens mais internas
ligadas às Correntes Osíriana ou Pitagórica ou ainda à Correntes dos antigos
Rosa+Cruzes, como a Ordem dos Rosa+Cruzes de Ouro do antigo Sistema, a Ordem dos Irmãos Iniciados, e outras, que permanecem desconhecidas, escapando assim à
pesquisa histórica e sobretudo aos problemas humanos. J. P. G. de Cressac
Bachelerie, faz referência a Brunelli, em seu livro já citado, na pág. 79, que
os A::A:: constituem de fato a introdução para outras Ordens: “Como indicou G.
M. Brunelli em seus formidáveis trabalhos sobre os Ritos de Mizraïm e Memphis,
outras Ordens sucedem aos A::A::”.
Saindo dos aspectos Maçônicos, descobrimos quatro ou cinco outras Ordens (Grande Ordem Egípcia, Ritos Egípcios, assim como outras três que não podemos
mencionar). Cada vez mais certas organizações Tradicionais não utilizam o nome
A::A::, detendo a totalidade ou parte do conjunto Teúrgico dos A::A::, caso por
exemplo, da Ordo Aurum Solis que constitui uma emanação da Escola de Florença e não têm nenhum laço, contrariando a afirmação de alguns, com a Corrente
anglo-saxônica da Golden Dawn.
Os Sistemas completos dos A::A::, cuja Maçonaria Egípcia não detêm que uma
parte, comporta de fato três disciplinas.
Teurgia e Cabala Angélica: com notadamente as Invocações dos 4, dos 7, e a
grande Operação dos 72.
Alquimias metálicas: entre diferentes Vias, os documentos em nossa posse parecem
dar prioridade à Via do Antimônio, mas outras Vias, notadamente a Via da
Salamandra parece constituir um elemento central do Sistema, porque dependente,
por sua vez, da Via externa e da Via interna.
Alquimias internas: segundo as Correntes internas, as Vias práticas diferem
menos tecnicamente que pelos detalhes filosóficos e míticos respectivos, às
vezes totalmente opostos. As Alquimias internas, como alhures as Alquimias
metálicas, encontram sua origem no Oriente e, mais particularmente, segundo
Alain Daniélou, no Shivaísmo. Independente de onde sejam, já fazem parte da
herança Tradicional ocidental pelo menos há dois milênios, como atesta certos
papiros egípcios.
Naturalmente, é neste último aspecto das Alquimias internas que encontramos os
aspectos mais especificamente Osírianos dos A::A::. É provável que na Idade
Média e na Renascença, este Sistema fosse exclusivamente Caldeu-Egípcio, e seria
pouco a pouco, e principalmente em seus aspectos Mágicos e Teúrgicos, que o
Sistema teria sofrido em certas estruturas Tradicionais uma “cristianização” ou
uma “hebraização”. Encontramos às vezes com relação a isto a expressão
“cristianismo caldeu”.
Em conclusão a esta introdução, instigação à Viagem pelo Mundo Secreto, convém
lembrar a característica heróica da Queste, atestada por todas as sagas. Todas
as Tradições descreveram as Vias Reais por metáforas guerreiras. Isto não é
somente uma figura de estilo, é a indicação precisa das qualidades requeridas
para partir ao assalto da Cidadela do Ser. O conhecimento é Ciência e Arte;
Ciência, porque cada frase é verificável experimentalmente, Arte porque o Adepto
é um criador, não um simples ator deste mundo, mas realmente seu criador e seu
ordenador.
 
Notas
(1) Referencia à obra de Giordano Bruno, e à Eros et Magie à La Renaissance de
Couliano;
(2) Mantêm-se no ocidente alguns círculos muitos fechados de organizações
Tradicionais, de Espertos, de depositários das Vias Internas, pertencentes às
Correntes Maçônicas Egípcias, Rosacruzes (antigas filiações R+C), Martinistas,
Gnósticos, Pitagóricos, Hermetistas; as mais representativas da Tradição.
Trabalham notadamente na manutenção das Regras Tradicionais, na primazia do
Iniciático sobre o profano, no próprio seio das SS, quer sejam de
características exotérica, mesotérica ou esotérica, recusando todos os
compromissos com os quais nosso século de facilidade cedeu lugar;
(3) Ler La voie magique du héros de Cesare de la Riviera, Ed. Arche, Milano;
(4) Trata-se dos três primeiros graus simbólicos (Aprendiz, Companheiro e
Mestre) da Maçonaria. – Nota do Tradutor.
 
Bibliografia
Bibliografia sucinta para aprofundamento da filosofia do Ocultismo e do
Hermetismo, e da história e a especificidade das SS presentes ou ativas no curso
do século XX:
AMADOU, Robert: L’occultisme, esquisse d’un monde vivant, Ed. Chanteloup, Paris,
1987;
BACHELERIE, J. P. G. de Cressac: De la Rose Rouge à la Croix d’Or, Ed. Axis
Mundi, Paris, 1988;
BARRUCAND, Pierre: Les Sociétés Secrètes, entretiens avec Robert Amadou, Ed.
Pierre Horay, 1978;
CAILLET, Serge: Sâr Hiéronymus et La F.U.D.O.S.I., 1986, Cariscript, Paris;
INTROVIGNE, Massimo: Il cappello del mago, Sugarco Ed., 1990;
KREMMERZ, Giuliano: Introduction à la science hermétique, Ed. Axis Mundi, Paris, 1986..

seres horriveis

 MUMIA-SAN

Múmias são seres fascinantes. As pessoas teimam em tirá-las de suas tumbas, e ignoram as maldições que elas trazem. Aqui no Jcast, nós passamos embaixo de escada, colecionamos gatos pretos, costuramos nomes de pessoas indesejadas na boca de sapos, e agora desenterramos múmias! Múmias japonesas, pois as chinesas já foram bastante exploradas, pergunta lá pro Jet Li pra você ver.

Comecemos por múmias de demônios. Por lá, templos budistas mantêm tais seres sob seu mais cuidadoso olhar, e esse demônio de três faces foi descoberto por um monge, durante uma faxina geral do templo, lá no século 18.

Múmias de sereias parecem ser bem mais populares e numerosas, no entanto. Essa aí embaixo foi descoberta por Jan Cock Blomhoff, no século 18, em Nagasaki.

Essa fica hospedada no Templo de Karukayado, em Wakayama.

Kappas são esses seres horríveis, que enganam e comem criancinhas, e não são temas de reportagens na Record. Ao invés, eles são esverdeados, cheiram a peixe, mas são educadinhos. Não lembro se os irmãos Winchester enfrentaram algum Kappa em Supernatural, mas fica a dica aí pros roteiristas!
Esse mora em um museu na alemanha.

Essa outra, de 1682, vive no templo de Zuiry?ji em Osaka.

Essa última é mais bizarra: foi achada no sótão de uma loja, e está lá até hoje, pra quem quiser ver.

Durante o período Edo, era comum o céu ficar carregado de Raijus. Festinhas particulares desses seres, que quando ficavam bêbados, resolviam cair das núvens em raios luminosos. De quando em vez, uns cadáveres podiam ser recuperados. E aqui temos as provas.
Em 1960, chegou ao Templo Y?zanji esse espécime. Torradinho pela queda.

Por fim, temos o Tengu, um ser meio humano meio pássaro. A múmia em questão pertenceu a um senhor feudal, e atualmente reside no Museu Hachinohe.

Todas essas múmias são trabalhos de arte muito bem feitos, misturando partes de diferentes animais e objetos, e mumificando-os, tornando-se peças de mórbida beleza, que famílias nobres defenderam por gerações. Suas origens remontam aos festivais conhecidos como Misemono, acontecidos durante os séculos 18 e 19. Nessas festas, toda sorte de bizarrices e curiosidades atraíam o povo, sendo bem tradicionais em Edo, antiga Tóquio.
E as múmias continuam! Nada de bandagens brancas, nem faraós! No próximo post, múmias de verdade, e todas com profunda paz e tranquilidade!